Investir em consórcio vale a pena? Essa é uma das dúvidas mais comuns entre aqueles que desejam adquirir um imóvel ou até mesmo outros bens duráveis, como veículos, através de consórcios.
Com a popularização dessa modalidade de compra, muitos brasileiros têm se questionado se ela realmente é vantajosa em comparação com outras formas de investimento mais tradicionais, como ações, fundos imobiliários e poupança.
Neste artigo, vamos explorar as vantagens e desvantagens de investir em consórcio e compará-lo com outras opções disponíveis no mercado, ajudando você a decidir se o consórcio é realmente a melhor escolha para o seu perfil de investimento.
Um consórcio é uma modalidade de compra em grupo, onde os participantes contribuem mensalmente com uma quantia fixa, até que todos os membros sejam contemplados com a possibilidade de adquirir o bem desejado, seja um imóvel, carro, ou outro item.
Essa contemplação pode ocorrer por sorteio ou por meio de lances, onde quem oferecer o maior valor adiantado tem a chance de ser contemplado antes do tempo.
Apesar de ser uma opção acessível e com custo mais baixo, o consórcio também apresenta desvantagens, como a baixa liquidez, já que o consorciado precisa esperar pela contemplação para adquirir o bem, o que pode levar um longo tempo.
Uma das principais vantagens do investimento em consórcio é a ausência de juros. Ao contrário de um financiamento tradicional, onde os juros podem tornar o valor total da compra muito mais alto, o consórcio cobra apenas uma taxa administrativa, que costuma ser significativamente mais baixa.
O consórcio permite o acesso a bens de alto valor, como imóveis e veículos, com um investimento inicial bem mais baixo do que as opções tradicionais de financiamento. Isso torna o consórcio uma ótima alternativa para quem deseja adquirir um bem, mas não tem o valor integral disponível no momento.
Outra grande vantagem de investir em consórcio é que ele não compromete o seu crédito. Diferente de um financiamento, onde as parcelas podem afetar sua capacidade de obter crédito no futuro, o consórcio não impacta diretamente sua pontuação de crédito ou seu histórico.
Apesar das vantagens, o consórcio também tem algumas desvantagens que podem torná-lo uma opção menos atraente para certos perfis de investidores. Veja abaixo os principais pontos negativos:
A principal desvantagem do consórcio é a baixa liquidez. Para adquirir o bem desejado, o consorciado precisa ser contemplado, seja por sorteio ou por lance. Isso significa que não há garantia de que o processo será rápido.
Caso o consorciado não ofereça um lance e não seja sorteado, ele pode ter que esperar por vários meses ou até anos até que tenha acesso ao bem.
Embora o consórcio não cobre juros, ele impõe uma taxa de administração, que pode variar entre 10% e 20% do valor total do crédito. Essa taxa, embora mais baixa que os juros do financiamento, ainda representa um custo adicional para o consorciado.
O consórcio não é uma forma de investimento financeiro, mas sim uma modalidade de compra parcelada. A valorização do bem adquirido pode ser afetada por fatores do mercado, e o consorciado não tem a garantia de que o bem será valorizado ao longo do tempo. Isso pode ser um risco, especialmente em mercados instáveis.
Agora que entendemos as vantagens e desvantagens de investir em consórcio, é importante compará-lo com outras formas de investimento financeiro. Abaixo, comparamos o consórcio com alguns dos investimentos mais comuns.
Ao comparar consórcio e financiamento bancário, a principal diferença é que, enquanto o financiamento cobra juros sobre o valor do bem, o consórcio cobra apenas uma taxa de administração. Porém, no financiamento, o bem é adquirido imediatamente, enquanto no consórcio, o processo pode demorar.
O financiamento pode ser mais vantajoso para quem precisa do bem imediatamente, mas o consórcio é mais vantajoso para quem não tem pressa e deseja um custo total mais baixo.
A poupança é um investimento de baixo risco e alta liquidez, mas com rentabilidade baixa. O consórcio, por outro lado, não oferece rentabilidade, mas permite a aquisição de bens a um custo menor.
Se o seu objetivo é adquirir um bem no longo prazo, o consórcio pode ser uma opção mais vantajosa, mas se o objetivo é preservar e rentabilizar seu dinheiro de maneira líquida e sem custos adicionais, a poupança pode ser a melhor escolha.
Investir em imóveis pode gerar renda passiva e valorização de longo prazo, mas exige capital inicial significativo. O consórcio oferece uma alternativa de baixo custo inicial para quem quer adquirir imóveis, sem juros, mas sem a garantia de rentabilidade.
Se você está buscando renda passiva ou valorização de imóvel, o investimento direto em imóveis pode ser mais vantajoso.