Como investir no exterior morando no Brasil é uma dúvida comum para muitos brasileiros que buscam diversificar seus investimentos e aumentar seu patrimônio de forma internacional. Com a globalização e o fácil acesso a plataformas financeiras digitais, investir em ativos fora do Brasil nunca foi tão acessível.

Contudo, esse processo pode parecer desafiador para quem está começando. Neste artigo, vamos abordar as principais formas de investir no exterior, destacando as opções mais vantajosas para quem mora no Brasil e deseja expandir seus investimentos globalmente.

Por Que Investir no Exterior?

Investir no exterior é uma maneira estratégica de diversificar seus investimentos e proteger seu patrimônio contra riscos locais, como a instabilidade econômica, mudanças nas políticas fiscais e inflação.

Além disso, ao investir em mercados internacionais, você tem a oportunidade de aproveitar o crescimento de economias mais desenvolvidas ou de mercados emergentes que apresentam altas taxas de retorno.

1. Diversificação de Riscos

Ao investir no exterior, você reduz a exposição ao risco de uma única economia, como a do Brasil. Diversificar geograficamente pode proteger seu portfólio caso o mercado nacional passe por períodos de volatilidade.

  • Mitigação de riscos locais: O mercado imobiliário ou ações brasileiras podem ser afetados por crises econômicas no Brasil, enquanto os ativos no exterior podem ter desempenho diferente.
  • Acesso a mercados mais estáveis: Economias mais estáveis, como os Estados Unidos ou a Europa, oferecem uma alternativa segura, especialmente para quem busca maior segurança financeira.

2. Acesso a Setores e Mercados de Alto Crescimento

Investir fora do Brasil também permite que você aproveite setores de alto crescimento que podem não estar tão acessíveis no Brasil, como tecnologia, energia renovável e mercados financeiros mais desenvolvidos.

  • Tecnologia e inovação: Países como os Estados Unidos, China e outros mercados emergentes oferecem boas oportunidades em setores inovadores, como a tecnologia.
  • Diversificação setorial: O mercado imobiliário nos EUA, por exemplo, pode oferecer estabilidade e renda passiva, enquanto os mercados de ações podem gerar lucros mais rápidos com empresas de tecnologia.

Como Investir no Exterior Morando no Brasil?

Agora que você entende os benefícios de investir no exterior, vamos discutir as maneiras mais populares e viáveis de fazer isso morando no Brasil.

1. Investir em Ações e Fundos Imobiliários Estrangeiros

Uma das formas mais simples de investir no exterior morando no Brasil é através de ações e fundos imobiliários (REITs) internacionais. Você pode acessar essas opções por meio de corretoras de valores que operam tanto no Brasil quanto fora dele.

Algumas corretoras brasileiras oferecem plataformas para comprar ações de empresas nos Estados Unidos, Europa ou outros mercados.

  • Corretoras internacionais: Plataformas como a XP Investimentos, ModalMais, e Clear oferecem acesso a bolsas internacionais como a NYSE (Bolsa de Nova York) e NASDAQ.
  • Fundos Imobiliários (REITs): Os REITs são fundos imobiliários que investem em propriedades comerciais ou residenciais nos Estados Unidos. Eles são acessíveis para investidores brasileiros, proporcionando renda passiva em dólares.

2. Investir em Títulos de Dívida (Bonds) e Fundos de Renda Fixa

Se você busca investimentos mais seguros, pode considerar a compra de bonds (títulos de dívida emitidos por governos ou empresas) no exterior.

Títulos de governos de países como os Estados Unidos ou do Reino Unido oferecem segurança e retornos estáveis, sendo ideais para quem procura preservação de capital e uma rentabilidade constante.

  • Títulos do Tesouro Americano: Títulos como o Treasury Bond oferecem segurança e retornos atrelados à economia americana.
  • Fundos de Renda Fixa Internacionais: Alguns fundos de investimento no Brasil oferecem acesso a fundos de renda fixa internacionais, que investem em títulos de dívida de diversos países.

3. Investir em Criptomoedas

As criptomoedas oferecem uma forma relativamente fácil de investir no exterior. Embora os mercados de criptomoedas sejam mais voláteis, eles permitem que você tenha acesso a ativos digitais globais sem precisar de uma corretora internacional.

A popularidade das criptomoedas, como Bitcoin, Ethereum, e outras, cresceu significativamente, e muitas plataformas brasileiras oferecem a possibilidade de investir nelas.

  • Plataformas brasileiras: Exchanges como Mercado Bitcoin, Foxbit e BitcoinTrade oferecem compra e venda de criptomoedas, permitindo que você tenha exposição a ativos digitais globalmente.
  • Investimento descentralizado: O mercado de DeFi (finanças descentralizadas) também tem atraído investidores brasileiros que buscam acesso direto a investimentos globais com menos intermediários.

4. Investir em Imóveis no Exterior

Investir em imóveis no exterior é outra opção atrativa, especialmente para quem deseja gerar renda passiva em moeda forte (como o dólar). Algumas plataformas de crowdfunding imobiliário permitem que você invista em projetos imobiliários internacionais com aportes iniciais baixos, o que facilita o acesso a mercados globais.

  • Crowdfunding imobiliário: Plataformas como Fundrise e RealtyMogul permitem que você invista em imóveis nos Estados Unidos com valores iniciais acessíveis. Esses investimentos podem gerar renda passiva através do aluguel e da valorização do imóvel.
  • Imóveis comerciais e residenciais: Algumas empresas oferecem a possibilidade de comprar imóveis diretamente ou por meio de plataformas digitais, permitindo que você participe do mercado imobiliário de países como os EUA, Portugal e Espanha.

5. Abrir uma Conta em Corretoras Internacionais

Investidores brasileiros também podem optar por abrir contas em corretoras internacionais para acessar mercados globais de forma mais direta e diversificada.

Empresas como Interactive Brokers, TD Ameritrade, e Charles Schwab oferecem plataformas robustas para brasileiros, permitindo que você compre ações, fundos, ETFs e mais.

  • Comissão e taxas: Ao escolher uma corretora internacional, é importante considerar as taxas de corretagem, conversão de moeda e outros custos envolvidos.
  • Acesso completo ao mercado: Corretoras internacionais oferecem acesso total a mercados dos Estados Unidos, Europa, Ásia e outros, permitindo que você invista em ações de grandes empresas globais.

Cuidados ao Investir no Exterior

Embora investir no exterior morando no Brasil seja uma ótima maneira de diversificar seu portfólio, existem alguns cuidados que você deve ter:

1. Impostos e Declaração de Impostos

Investir no exterior implica em obrigações fiscais. O Brasil exige que todos os cidadãos declarem rendimentos de fontes internacionais no Imposto de Renda, e a não declaração pode resultar em multas.

Além disso, dependendo do tipo de investimento, você pode precisar pagar impostos sobre ganhos de capital e dividendos recebidos.

  • Declaração de investimentos internacionais: Certifique-se de declarar seus investimentos e os rendimentos provenientes de ativos internacionais na Declaração de Imposto de Renda.
  • Impostos sobre dividendos: Alguns países cobram impostos sobre dividendos e ganhos de capital, por isso, é importante entender as leis fiscais locais.

2. Taxa de Câmbio e Custos de Conversão

Investir em ativos no exterior implica em taxas de câmbio. A conversão de reais para dólares ou euros pode impactar o valor final do seu investimento. Além disso, algumas corretoras e plataformas podem cobrar taxas de conversão de moeda.

  • Custo de conversão: Fique atento ao custo de conversão de moeda e à flutuação do câmbio, especialmente se você estiver investindo em ativos que pagam dividendos ou têm rentabilidade em moeda estrangeira.

3. Riscos Cambiais

Ao investir no exterior, você está exposto ao risco cambial. Se o valor da moeda estrangeira cair em relação ao real, isso pode afetar o retorno de seu investimento, especialmente se ele estiver em ativos de longo prazo.

  • Flutuação do câmbio: O valor do real em relação ao dólar, euro ou outra moeda forte pode afetar o valor do seu retorno, por isso, é importante monitorar a taxa de câmbio.
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